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19 de dezembro de 2012

Gaivina com sol em fundo II




ciclo do Mar
série Mar e Mares
título Gaivina com sol em fundo
Acrílico s/ tela
73X92
adicionais  areia fina e godos
ano de produção: 2012
em Colecção Particular

gaivina com sol em fundo

ler
nas asas da gaivina
as rotas cartográficas
ao sabor do vento

é
reter na mão

o mapa-múndi,

o mundomapa,

o mapa

             e o mundo.


ler
nas asas da gaivina
o fluxo geodésico
ao lamber das ondas

é
reter na mão

o marulhar,

o marolhar,

o olhar

            e o mar.
 

a gaivina penica
ondas vermelhas
ao cair do sol

e saboreia

a polpa

            da maré.


                                                       in admário costa lindo
                                                          “Euracini, de pátrias e maresias”




18 de novembro de 2010

a Barra

publicação original
10.01.2008
[url] http://arthariaclindo.blogspot.com/2008/01/barra-i.html




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o Sol

publicação original
1.11.2007
[url] http://arthariaclindo.blogspot.com/2007/11/o-sol-azul-i.html




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Rosa Rosae Rosarum

publicação original
27.10.2007
[url] http://arthariaclindo.blogspot.com/2007/10/dengue-1.html




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Aves Marinhas

publicação original
21.07.2006
[url] http://arthariaclindo.blogspot.com/2006/07/memorial.html




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no areal embora

publicação original
20.07.2006
[url] http://arthariaclindo.blogspot.com/2006/07/no-areal-embora.html



ciclo: do Mar
título: no Areal emboraColagem Fotográfica
fotografias originais:- base –Porto Alexandre, 1973, Canon (?)
- duna –Salir do Porto, 1995, Minolta Riva
- gaivota –
Póvoa de Varzim, 2005, Pentax Optio 50
- criança com balde –Caxinas, 1989
- piruetas –Uije, 1973, Canon (?)


à Maria Nair




quero voltar ao areal perdido

e catar conchas búzios
e o sonho,

( ao fimbar nas águas me tonifico
e recomponho )

e amochar esconde-esconde nas cavernas

de um barco pelos anos carcomido.

vou subir às tábuas deslizar nas dunas

e só parar à sombra duma velha casuarina.

beber água da cacimba

e do batuque nocturno

vou centrifugar

o som enleante da marimba.

vou pular

correr e saltar pela praia fora

vou fazer o pino

e arriscar pinotes na areia embora.

vou fazer do sonho
um lépido banzé ...

mas donde
os amigos com quem partilho
a língua da maré?



admário costa lindo
14.08.2005



Gaivinas com sol em fundo

publicação original
18.07.2006
[url] http://arthariaclindo.blogspot.com/2006/07/gaivinas-c-sol-em-fundo.html





ciclo: do Mar
título: Gaivinas com Sol em Fundo
Colagem Fotográfica
fotografias originais:
- base –
Caxinas
2001
Pentax Espio 738
- sobreposição –Póvoa de Varzim
2005
Pentax Optio 50


a Maria Albertina C. Estácio



gaivina com sol em fundo

ler
nas asas da gaivina
as rotas cartográficas
ao sabor do vento


é
reter na mão
o mapa-múndi,

o mundomapa,

o mapa

e o mundo.


ler
nas asas da gaivina
o fluxo geodésico
ao lamber das ondas


é
reter na mão
o marulhar,

o marolhar,

o olhar

e o mar.


a gaivina penica
ondas vermelhas
ao cair do sol


e saboreia
a polpa
da maré.



admário costa lindo
“o bico-de-lacre e o tarrote”



Pintura Rupestre

publicação original
16.07.2006




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comentários:

At Sexta-feira, Agosto 03, 2007 12:06:00 AM,
Admário Costa Lindo said…
Uma grande amiga não conseguiu publicar o comentário que pretendia, por questões técnicas. Pediu-me expressamente que o fizesse por ela. Ei-lo:
"Admário
Um dos meus hobbys é a pintura, mais concretamente a aquarela, mas consegui ficar deslumbrada com este teu quadro. Esta ponte chinesa não é a do Kilombo de
Salazar?
Parabéns é pouco para tamanha maravilha.
Um imenso abraço meu amigo
Zedlav"

At Sexta-feira, Agosto 03, 2007 12:19:00 AM,
Admário Costa Lindo said…
Zedlav,
Vindo de quem vem, o teu comentário é um enorme elogio. É verdade: esta é a ponte do Kilombo. Fiquei nas nuvens quando a descobri - a ponte e toda a envolvência formam uma imagem do paraíso e é o exemplo acabado de que o Homem, quando quer, sabe intervir na Natureza e dar-lhe um toque precioso, apenas sublime. Ainda hoje, quando paro por momentos para a rever, consigo ouvir os sons do silêncio daquele pedaço de Angola.
Um grande abraço, minha Amiga.

Pescadores

publicação original
15.07.2006




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17 de novembro de 2010

Aguarelas

publicação original
13.07.2006
[url] http://arthariaclindo.blogspot.com/2006/07/nocturno-ii.html



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comentários:
At Terça-feira, Agosto 01, 2006 7:59:00 PM,
Ju said…
Adorei - todas!

22 de outubro de 2010

o Ó




Mais pormenores na





Kanzumbi com Dungo


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Raízes


Mais pormenores na





Dijila


Mais pormenores na





Marcas Poveiras


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O Coreto


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Cego do Maio


Mais pormenores na





Kuiza ajitu: Ovindele ua Putu


Mais pormenores na





Ondele na Lagoa dos Arcos


Mais pormenores na





a Póvoa do Mar antes do "Homo obtusus"


Mais pormenores na





Dourado & Rubro


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Lua Nova em Quarto Crescente


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Lancha Poveira do Alto


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Mestre Domingos Catritas


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17 de outubro de 2010

Popota, uma Felínea Urbana




ciclo Urbana Natura
Acrílico, Carvão e Grafite s/ tela
60X80
ano de produção 2010
em Colecção Particular



Chama-se Popota mas podem tratá-la por Gata.

É uma observadora perspicaz e senhora do seu nariz.

Tem um olhar vivo e transparente, por vezes olha-nos de canto e não gosta de ser contrariada. Por isso possui garras afiadas que só mostra no momento do combate.

É um Felis catus e vários primos seus vivem nos matagais e nas selvas. A sua subespécie, pelo contrário, deixou-se de selvajarias há milénios. Por isso se designa domesticus.

O que mais a contenta é sentar-se à janela de casa e mirar o que se passa nos telhados em frente. Naquele dia e naquele instante um macho exibia-se, galifão. Ela manteve-se em quietude. Era dia de folga e não estava para folias…

12 de outubro de 2010

Inauguração da "Iconografias"


A Exposição Iconografias será inaugurada às 18H00 do dia 18 de Outubro


na Cooperativa de Cultura A Filantrópica, na Rua 31 de Janeiro nº 1, frente à Estação dos Correios (Central) da Póvoa de Varzim.

A página oficial da exposição estará no ar uma hora antes - aqui  »»»

22 de dezembro de 2009

o Homem-mocho observa o Forte de S. João






ciclo do Mar
série Mar e Mares
título o Homem-mocho observa o Forte de S. João (1)
Acrílico s/ tela
80x100
adicionais  algas, areia, brita moída e massa de moldagem
ano de produção: 2009
em Colecção Particular



Escrevi um dia de uma minha obsessão: ver com o olhar de uma libelinha, de um lince, de uma cabra-de-leque ou de um gavião. [ler] Ou de um mocho, como aqui. Só um homem capacitado com a visão do mocho seria capaz de descortinar à noite o que apenas se pode observar durante a luz do dia. Ou, então, invertendo a técnica cinematográfica da “noite americana”, que permite filmagens nocturnas durante o dia. Seria, assim, o “dia português”. Só assim foi possível “ver” este quadro tal como está, até com a Lua deslocada. O deslocamento do luar não está propriamente relacionado com a dita técnica nem com a visão do mocho: foi necessária a ajuda do padroeiro do Forte, o próprio São João. É dele a mão que suporta a Lua.

(1) Vila do Conde

25 de julho de 2009

Esboços. Namibe


ciclo do Mar
série  Entre o Deserto e o Mar
título   Namibe, o deserto


Esboço I
tema: Dunas
Lápis s/ papel
21x28,5



Esboço II
tema: pastor Mucubal
Lápis s/ papel
21x28,5


Esboço III
tema: Olongo sob Espinheira
Lápis s/ papel
21x28,5


Esboço IV
tema: Cabo Negro e Welwitschia
Lápis s/ papel
21x28,5


Esboço V
tema: Quaga (burro-do-mato), avestruz e cachucho
Lápis s/ papel
21x28,5

24 de julho de 2009

Flamingos na Ilha






ciclo do Mar
série  Entre o Deserto e o Mar
Acrílico s/ tela
30x100
adicionais  areia fina
ano de produção  2009
em Colecção Particular


A Ilha – assim chamada pelos alexandrenses (de Porto Alexandre, actual Tombwa) – é na verdade uma “restinga de areia que fecha o mar lá fora / confortando uma baía protectora,/ ilha a gente é que diz”. 1

Forma uma longa e plácida praia (afora a época das calemas), paraíso para a apanha da amêijoa (representada no quadro) e éden para os flamingos em tempo de nidificação.

À direita do quadro vê-se a calema em formação no alto mar.

Para a representação simultânea do pleno dia e do pôr-do-sol, chamo a vossa atenção para o texto do quadro “O Homem-mocho observa o Forte S. João.” [a publicar]


1. lindo, admário costa. o bico-de-lacre e o tarrote, inédito, in http://obicodelacreeotarrote.blogspot.com/2006/01/tombwa-angolensis.html

A Calema e a Bonança






ciclo do Mar
série  Entre o Deserto e o Mar
Acrílico s/ tela
40X50
adicionais  areia fina e sementes de milho-alvo
ano de produção  2009
em Colecção Particular

O quadro põe em evidência a oposição entre as calemas e a placidez de um pôr-do-sol na baía de Porto Alexandre ou Tombwa, no extremo sul de Angola.

A Calema é um fenómeno natural da costa ocidental africana caracterizado por grandes vagas de mar cuja ressaca rebenta estrondosamente na praia, provocando grandes estragos.

Estão também representadas as dunas do deserto do Namibe e a barreira de casuarinas (tira verde), propositadamente plantada para travar o avanço das areias sobre a cidade.

Txitundo-Hulo


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A Felicidade da Kianda






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Kanzumbi


Mais pormenores na





23 de julho de 2009

Tombwa e as Miragens





ciclo do Mar
série  Entre o Deserto e o Mar
Acrílico s/ tela
40x50
adicionais  areia fina, areão e ervas secas
ano de produção  2009
em Colecção Particular


Tombwa é o termo que designa, nas línguas étnicas da região, a Welwitschia mirabilis,
planta descoberta pelo botânico austríaco Frederico Welwitsch no séc. XIX. Das imagens e representações desta planta resulta a falsa perspectiva de desenvolver inúmeras folhas, o que não é verdade: são apenas duas, longas, largas, rijas e persistentes que, pela acção do vento e das areias do deserto, se fendem longitudinalmente com a idade. É um género único no Reino Vegetal, com uma longevidade que chega a atingir mais de dois milénios e que apenas se encontra no Deserto do Namibe e na Damaralândia (Namíbia). Porém o seu habitat por excelência é a região envolvente ao Cabo Negro, no município de Porto Alexandre. É o ex-líbris daquela cidade que, por essa razão, adoptou o nome da planta após a independência de Angola.
No quadro estão ainda representados uma miragem - fenómeno natural muito comum no deserto do Namibe - e um ninho com ovos - simples cova escavada na areia do deserto, que identifica o habitat de outro ícone da região, a avestruz.

Lweji ou Mwana Pwo






ciclo  Iconografia Angolana
Acrílico s/ tela
50x40
adicionais  tecido de algodão, ráfia, missangas, fio de nylon e pedra polida
ano de produção  2009
em Colecção particular
O quadro representa Lweji com base nos traços de Mwana Pwo. Ou será o contrário?
Diz a tradição que Lweji e seu marido Txibinda Ilunga, príncipe Baluba, fundaram o Estado Lunda.
Mwana Pwo, que se traduz por “mulher menina”, é uma máscara quioca de perfil feminino usada pelos rapazes durante o ritual da circuncisão.

Esboços. cobra na Leba

Esboços. Mãos Limpas





ver tela na

Esboços. Tombwa


Esboços. Txitundo-Hulo