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22 de dezembro de 2009

o Homem-mocho observa o Forte de S. João






ciclo do Mar
série Mar e Mares
título o Homem-mocho observa o Forte de S. João (1)
Acrílico s/ tela
80x100
adicionais  algas, areia, brita moída e massa de moldagem
ano de produção: 2009
em Colecção Particular



Escrevi um dia de uma minha obsessão: ver com o olhar de uma libelinha, de um lince, de uma cabra-de-leque ou de um gavião. [ler] Ou de um mocho, como aqui. Só um homem capacitado com a visão do mocho seria capaz de descortinar à noite o que apenas se pode observar durante a luz do dia. Ou, então, invertendo a técnica cinematográfica da “noite americana”, que permite filmagens nocturnas durante o dia. Seria, assim, o “dia português”. Só assim foi possível “ver” este quadro tal como está, até com a Lua deslocada. O deslocamento do luar não está propriamente relacionado com a dita técnica nem com a visão do mocho: foi necessária a ajuda do padroeiro do Forte, o próprio São João. É dele a mão que suporta a Lua.

(1) Vila do Conde

25 de julho de 2009

Esboços. Namibe


ciclo do Mar
série  Entre o Deserto e o Mar
título   Namibe, o deserto


Esboço I
tema: Dunas
Lápis s/ papel
21x28,5



Esboço II
tema: pastor Mucubal
Lápis s/ papel
21x28,5


Esboço III
tema: Olongo sob Espinheira
Lápis s/ papel
21x28,5


Esboço IV
tema: Cabo Negro e Welwitschia
Lápis s/ papel
21x28,5


Esboço V
tema: Quaga (burro-do-mato), avestruz e cachucho
Lápis s/ papel
21x28,5

24 de julho de 2009

Flamingos na Ilha






ciclo do Mar
série  Entre o Deserto e o Mar
Acrílico s/ tela
30x100
adicionais  areia fina
ano de produção  2009
em Colecção Particular


A Ilha – assim chamada pelos alexandrenses (de Porto Alexandre, actual Tombwa) – é na verdade uma “restinga de areia que fecha o mar lá fora / confortando uma baía protectora,/ ilha a gente é que diz”. 1

Forma uma longa e plácida praia (afora a época das calemas), paraíso para a apanha da amêijoa (representada no quadro) e éden para os flamingos em tempo de nidificação.

À direita do quadro vê-se a calema em formação no alto mar.

Para a representação simultânea do pleno dia e do pôr-do-sol, chamo a vossa atenção para o texto do quadro “O Homem-mocho observa o Forte S. João.” [a publicar]


1. lindo, admário costa. o bico-de-lacre e o tarrote, inédito, in http://obicodelacreeotarrote.blogspot.com/2006/01/tombwa-angolensis.html

A Calema e a Bonança






ciclo do Mar
série  Entre o Deserto e o Mar
Acrílico s/ tela
40X50
adicionais  areia fina e sementes de milho-alvo
ano de produção  2009
em Colecção Particular

O quadro põe em evidência a oposição entre as calemas e a placidez de um pôr-do-sol na baía de Porto Alexandre ou Tombwa, no extremo sul de Angola.

A Calema é um fenómeno natural da costa ocidental africana caracterizado por grandes vagas de mar cuja ressaca rebenta estrondosamente na praia, provocando grandes estragos.

Estão também representadas as dunas do deserto do Namibe e a barreira de casuarinas (tira verde), propositadamente plantada para travar o avanço das areias sobre a cidade.

Txitundo-Hulo


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A Felicidade da Kianda






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Kanzumbi


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23 de julho de 2009

Tombwa e as Miragens





ciclo do Mar
série  Entre o Deserto e o Mar
Acrílico s/ tela
40x50
adicionais  areia fina, areão e ervas secas
ano de produção  2009
em Colecção Particular


Tombwa é o termo que designa, nas línguas étnicas da região, a Welwitschia mirabilis,
planta descoberta pelo botânico austríaco Frederico Welwitsch no séc. XIX. Das imagens e representações desta planta resulta a falsa perspectiva de desenvolver inúmeras folhas, o que não é verdade: são apenas duas, longas, largas, rijas e persistentes que, pela acção do vento e das areias do deserto, se fendem longitudinalmente com a idade. É um género único no Reino Vegetal, com uma longevidade que chega a atingir mais de dois milénios e que apenas se encontra no Deserto do Namibe e na Damaralândia (Namíbia). Porém o seu habitat por excelência é a região envolvente ao Cabo Negro, no município de Porto Alexandre. É o ex-líbris daquela cidade que, por essa razão, adoptou o nome da planta após a independência de Angola.
No quadro estão ainda representados uma miragem - fenómeno natural muito comum no deserto do Namibe - e um ninho com ovos - simples cova escavada na areia do deserto, que identifica o habitat de outro ícone da região, a avestruz.

Lweji ou Mwana Pwo






ciclo  Iconografia Angolana
Acrílico s/ tela
50x40
adicionais  tecido de algodão, ráfia, missangas, fio de nylon e pedra polida
ano de produção  2009
em Colecção particular
O quadro representa Lweji com base nos traços de Mwana Pwo. Ou será o contrário?
Diz a tradição que Lweji e seu marido Txibinda Ilunga, príncipe Baluba, fundaram o Estado Lunda.
Mwana Pwo, que se traduz por “mulher menina”, é uma máscara quioca de perfil feminino usada pelos rapazes durante o ritual da circuncisão.

Esboços. cobra na Leba

Esboços. Mãos Limpas





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Esboços. Tombwa


Esboços. Txitundo-Hulo





Esboços. Galanga









Esboços. Lweji



Esboços Kianda



Esboços. Kanzumbi


Esboços. Ilunga







ciclo  Iconografia Angolana
título  Raizes ou Ilunga e a Mulemba Xangola – Esboço II
tema  Machado
ano  2009
Lápis e Pastel Aquoso s/ papel
21x28,5



ciclo  Iconografia Angolana
título  Raizes ou Ilunga e a Mulemba Xangola – Esboço III
tema  Chapéu
ano  2009
Lápis s/ papel
28,5x21



ciclo Iconografia Angolana
título Raizes ou Ilunga e a Mulemba Xangola – Esboço I
tema  Ilunga
ano 2009
Lápis e Pastel Aquoso s/ papel
28,5x21


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Esboços. Dijila



ciclo  Iconografia Angolana
título  Dijila – Esboço I
tema  cabeça e tronco
ano  2009
Lápis s/ papel
28,5x21


ciclo  Iconografia Angolana
título  Dijila – Esboço II
tema  cabeça
ano  2009
Lápis e Pastel Aquoso s/ papel
21x28,5


ciclo  Iconografia Angolana
título  Dijila – Esboço III
tema  cabeça
ano  2009
Lápis e Pastel Aquoso s/ papel
21x28,5


ciclo  Iconografia Angolana
título  Dijila – Esboço IV
tema  corpo s/cabeça
ano  2009
Lápis e Pastel Aquoso s/ papel
21x28,5


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